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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Autores que amamos e odiamos!

Olá amigos audientes!

As meninas dos Livros voltam hoje das férias de julho, e o tema do nosso cast é: "autores com quem temos uma relação de amor e ódio". Tive que pensar muito para me decidir, afinal como se pode gostar  e desgostar de alguém ao mesmo tempo? Normalmente, em romances eu ou gosto ou desgosto da trama e dos personagens, pois não me causam muitos sentimentos complexos (na maioria deles). Então, dessa vez eu tinha que escolher um livro de não ficção. Assim sendo, através de um belo "clique" em minha cabeça, lembrei de um autor que estudei na faculdade chamado René Descartes.


Esse foi um autor importante na minha formação. Não entendo nada do Descartes matemático, mas embasei meus comentários nos livros: O discurso do método e as meditações metafísicas. Descartes  foi acompanhado nesse debate literário por John Irving, André Vianco e Emily Bronte. Stephanie Meyer voltou a aparecer no cast causando a desordem [risos], mas acredito que dessa vez todas conseguimos permanecer amistosas e educadas até o fim (será? será?).

A secretária da prefeita (Pandora-chan)- que não conseguiu deixar de fazer o papel de miss simpatia- foi responsável pelos agradecimentos mais uma vez, e dessa vez ela não esqueceu de um público especial que nós webstars [eta criatura metida!] do "Meninas dos Livros" possuímos e que vinham sendo esquecidos. Confiram os créditos para saber do que se trata, vai que você está incluso nos "cheiros" de nossa correspondente nordestina? 

Bom, por ultimo quero fazer um apelo: COMENTEM! Nós temos nossos comentadores oficiais, mas se você passar e ouvir, mesmo que seja só uns 15 minutos de cast, deixe sua impressão aqui na página. Contribua para uma blogosfera mais pensante. Beijos!

Aleska Lemos



19 comentários:

  1. Olá!
    Bom, tava esperando tanto para escutar o podcast que assim que terminei minhas coisas aqui vim escutar vocês!
    Descartes só me faz lembrar as aulas de matemática e só lembro do nome dele por causa do ‘s’ mudo (a teoria em si não lembrava além de ser geometria). A prova de que Deus existe me faz lembrar a Pascal que meu professor de filosofia costumava indicar, mas ainda não tive ânimo para ler.
    Tenho nem idéia de quem seja André Vianco, mas depois do Groselha na neve (ou gelo, não lembro) vou tomar este livro como cômico.
    Comecei a dar uma olhada nos e-books e achei muito engraçado que assim que comecei a escutar sobre a Emily Bronte fui ao site do kobo e o livro estava na aba "os piores pais"! Bom achei cômico e deu até vontade de comprar no impulso, mas me controlei (o perigo do ebook).
    Fiquei bem interessado no John Irving, mas pelo jeito preciso me preparar um pouco mais antes de ler o livro.
    Bom, eu só quero pedir para que colocassem no post uma lista com todos os livros e autores que seja comentado, nem que seja por um segundo. Normalmente escuto o podcast enquanto navego na internet e uma lista facilita bastante, já que algumas vezes fico até interessado, mas no fim não vou atrás por não ter entendido pelo áudio, etc.
    Até mais o/

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    1. Aaaah, agora fiquei toda ancha com sua atenção Eiti!!! Obrigada!!! Sobre os outros autores me poupo de falar, mas Emily Bronte, para amar ou para odiar, vale muito a pena. Apesar de ter uma escrita emotiva e passional ela era uma mulher com um olhar muito atento para coisas que escapam a maioria então eu meio que super indico!!

      E a dica já está anotada!!! :)

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    2. O Irving assusta um pouco no começo, mas é uma baita leitura. Encare ele assim que possível e tire tua própria conclusão dele.

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  2. Oi Eiti!!Obrigada por escutar a gente! Pode deixar que na próxima a gente anota todos os autores!

    Bjs, Michele

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  3. Mas meninas! Vamos deixar de lado essas historinhas com finais felizes, vamos adorar finais dramáticos e tristes, que saem da forma que a gente não quer!
    O morro dos ventos uivantes é vida! kk
    Eu amo o Heathcliff, o jeito dele de ser tão cruel e frio, no fundo tão sozinho. A Catherine é tão dramática, me identifiquei na hora rs
    Adoro!

    E sobre Os Sete, eu não gostei quando li mas tive um afeto por se passar no Brasil e tals... Depois li outros do Vianco e não me convenceu mesmo :/

    Faz tempo que a Ana me indicou O Mundo Segundo Garp, fiquei de ler e depois acabei esquecendo de ir atrás... :/
    Mas está na minha lista!!

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    1. Day, eu vou te confessar que tenho um prazer secreto em falar do "O morro dos ventos uivantes" porque os fãs desse livro sempre me premiam com comentários muito inusitados! E sim, eu concordo: "O morro dos ventos uivantes é vida" pena que uma vida capaz de rasgar a carne com força até doer rsrsrs...

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    2. Vocês precisam se tratar com esse apego pel'O Morro dos Ventos Uivantes.

      Leia Garp, Day. Bem mais emocionante!

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  4. Oi meninas, encontrei o blog de vocês agorinha por que uma de vocês me add no twitter. Infelizmente, estou no trabalho e não posso ver o podcast mas achei o assunto bem interessante e já estou seguindo o blog, por parece ser diferente dos demais que eu costumo ler sobre livros.

    :D

    até mais ver.

    Beijos
    Wild Foxx.

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  5. Oi!! Que bom que gostou do blog! Tomara que você consiga escutar logo e goste do podcast!!! Bjs Michele

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  6. Eu acho que teria alguma dificuldade em falar um autor que me causa amor e ódio, é complexo isso.

    Dos citados, o Descartes eu conheço só pelo plano cartesiano - é ele, não? - não li nada dele, e livros acadêmicos me assustam, mesmo os da minha área. Já o André Vianco nunca causou em mim vontade alguma de ler, não sei a razão, apenas me passou batido - mas gosto muito da série Crepúsculo, tenho que colocar a leitura em dia; não é lá uma obra-prima, é o tipo de leitura que se usa como justificativa o "eu podia tá roubando...mas não, tô lendo Stephenie Meyer".

    Das irmãs Bronte eu li só Jane Eyre - e estou relendo - e meio que desencantei da Charlotte depois de assistir ao filme baseado em "O Morro", do qual não gostei. Eu não conhecia o Irving, gostei da ideia de um autor que cobra tanto do leitor, acho que encararia, até por curiosidade.

    E, por fim, nesse comentário fragmentado que só ele, acabei pensando em um autor que tive uma relação de amor e ódio: o português João Ricardo Pedro, que foi publicado aqui ano passado na coleção Novíssimos, da Leya. Eu adorei o livro, a narrativa do autor é perfeita - e tenho pra mim que os portugueses tão ali, com os russos - mas no final, no momento em que vamos ficar sabendo o que é o maior segredo do livro ele interrompe a narrativa no meio. Depois de acompanhar toda a história, me senti traído como leitor. Mas, com certeza, leria algo mais dele.

    Dois abraços pra todo mundo!

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    1. Tenho curiosidade em ler Jane Eyre. Por mais que não entenda Emily Brönte, acho que leria esse livro da irmã dela. Não sei se leria a terceira, mas enfim.

      E, sim, Meyer serve como desculpa. Eu li todos e, a cada um que lia, pior achava, mas me odeio tanto que li até o fim. hahaha Nós adoramos tanto implicar com ela que sempre a citamos, é incrível.

      Depois que ler Irving, me diga o que achou. É insuportável como eu não consigo odiar ele apesar de tudo. E, fragmentado ou não, comente sempre por aqui! =)

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  7. Por Lucas Borba

    Parte 1

    Meninas, meninas... Cá estamos, pois, para comentar o nono podcast de vocês. Mais uma vez, genial, com debates acalorados e dando muito no que pensar. Infelizmente, porém, terei novamente de ser breve, pois só li, e fiquei realmente muito feliz ao descobrir isso, um dos títulos mencionados. Enfim, vamos lá.
    Cara Aleska, realmente meu contato com seu autor não passa da Matemática, embora eu também já tenha ouvido muitas referências a O Discurso do Método. Não digo que seja um autor que me interesse muito a princípio, mas com certeza vale como uma referência. Acho mesmo incrível observar como autores já de longa data expuseram ideias tomadas por muitos hoje como inéditas, me faz pensar no quanto ainda podemos construir a partir de nossas escolhas.
    Ah, cara Michele... Você decerto vai dizer que eu a odeio, mas acredite, não é o caso. [risos] Nem acreditei quando foi anunciado que você comentaria André Vianco, e Os Sete, ainda por cima. Pois bem, vamos lá: conheci este autor bem por acaso, e Os Sete foi justamente a primeira obra do Vianco com a qual tive contato, porém de um jeito meio diferenciado, o que, de um ponto de vista, só tornou a experiência ainda mais interessante. Explico: o que aconteceu foi que inicialmente encontrei essa obra na forma de audiolivro, em uma livraria da Saraiva aqui de Caxias. Então, sim, na realidade foi um livro que ouvi, não li, com a trama totalmente teatralizada, com direito a atores para cada um dos personagens, com efeitos, trilhas sonoras e tudo. De forma alguma, contudo, digo que goste mais de ler ou de ouvir, para mim são experiências diferentes e cada uma tem uma beleza específica.

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  8. Parte 2

    Mas enfim, por bem ou por mal, minhas impressões, ao menos a cerca de Os Sete, que fique bem claro, foram bem opostas às suas, cara Michele. Pelo que sei, esse foi o primeiro livro do Vianco – embora anteriormente ele já devesse ter publicado contos – e, pelo menos dos trabalhos desse autor com os quais já tive contato, acredito que Os Sete foi o que ele escreveu, justamente, com mais alma. Ao contrário do que você afirmou, apesar de a trama tratar de vampiros, achei muitas situações de uma originalidade incrível, especialmente porquê, na realidade, principiei a audição da obra sem ter a menor ideia de que ela trataria de vampiros – o que tornou a experiência extremamente empolgante a princípio -, contra tudo o que se sugere acerca de literatura, sei bem, só depois é que fui pesquisar sobre o gênero literário do Vianco. Brilhantemente, achei, a sinopse na capa do audiolivro, ao menos, não revelava em nenhum momento que a questão toda eram vampiros. Mesmo depois, no entanto, quando a participação de tais criaturas se torna clara, apesar de ter me decepcionado um pouco no começo, conforme fui avançando fiquei muito satisfeito com a forma como o Vianco tratou, justamente, de inserir esses seres clássicos do jeito dele no desenrolar dos eventos.
    Em primeiro lugar, me identifiquei muito com a habilidade que percebi no Vianco para atribuir uma personalidade forte, de destaque, a cada um dos vampiros. Literalmente, a partir de como o próprio autor se refere ao livro, me senti em um palco com cada personagem compondo o seu espetáculo, a sua comédia – embora seja verdade que o contato com a obra em forma de audiolivro também possa ter contribuído com essa sensação. Genial, como também comecei a dizer, achei algumas situações criadas pelo Vianco, especialmente as hilárias ou bizarras, como o autor gosta de chamar, nas quais ri demais – sim, decididamente achei a obra mais engraçada do que assustadora e penso que o humor sem dúvida é um talento do Vianco, que ele deveria explorar mais.

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  9. Parte 3

    Em relação às histórias paralelas, penso que são válidas quando bem aplicadas, o que, ao menos em Os Sete, creio ocorrer. Ao menos algumas, que apresentam os futuros vampiros do necrotério, estão, sim, conectadas à trama principal. Mesmo as que não estão, no entanto, creio terem dois objetivos: o primeiro, que julgo ser de menor importância, é prestar algumas claras homenagens ao gênero terror por meio de uma reprodução de representações clássicas do mesmo (como a dos meninos sendo perseguidos em um túnel escuro, também com um inteligente toque de humor para não esconder e legitimar a óbvia referência), e o segundo é elevar a influência, as experiências e a presença dos grandes astros da história, os vampiros, a algo além do conflito da trama central. Sim, muitas dessas historinhas realmente parecem contos, com certeza concordo com você. Concordo também que alguns pontos do passado dos vampiros poderiam ter sido melhor explorados, embora isso talvez ocorra em obras derivantes, algumas das quais não li, e embora eu acredite que o que fica no ar, na realidade, possa estar até bem subentendido. Não afirmo, entretanto, que eu ache o Vianco um grande escritor, penso mesmo que ele deveria ter posto um fim em tudo em Os Sete, e não, pra variar, aparentemente se rendido, ao menos tanto, a questões comerciais, insistindo de tal jeito no que a princípio já fora muito bem explorado a ponto de criar mais duas sagas derivantes da obra – respondendo aqui à sua dúvida, cara Michele, em relação às sequências. Aproveitando as falas de vocês, para mim a obra do Vianco é justamente uma prova clara de como mesmo temas clássicos podem ser renovados com originalidade desde que isso seja feito com alma, com sangue, e tão somente até o ponto em que, infelizmente, não o é mais.

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    1. Oi Lucas!!!

      Li atentamente seus comentários, mas vamos ter que concordar em discordar. Acho genial você ter ouvido o livro e posso imaginar que ele tenha te proporcionado uma aventura incrível! Mas não foi assim na minha leitura. Eu concordo que o modo como o Vianco apresenta os personagens é original, assim como ter tudo isso em um cenário brasileiro, mas ao menos pra mim, que pode acreditar, já li muitos livros de vampiros, a originalidade dele para por aqui. Não acho que colocar capítulos em forma de contos seja uma forma de homenagear o gênero, me pareceu mesmo que ele estava enrolando, principalmente porque a gente quer saber sobre a história principal e temos que nos inteirar de personagens que morrem em duas páginas. A meu ver, isso é uma falha na qualidade narrativa dele. E eu praticamente não ri Lucas lendo os dois livros, apenas ri com o lirismo forçado na obra, acho que ele quis sim mostrar que os vampiros podem ser reinventados, quis mostrar todo o terror e o horror que acompanha esse seres e foi exatamente por isso que me fez ler o livro, mas ele peca em exageros, na minha humilde opinião.

      Embora eu tenha me empolgado a princípio, achei que faltou uma melhor estrutura narrativa, sem lirismo forçado, sem enrolação e sim, acho que histórias paralelas são boas se conectadas a obra, mas muitas vezes elas não servem de nada no livro. E por fim, infelizmente, discordo quanto aos personagens, se você pensa em obras como a Drácula que tem um vampiro com uma personalidade fortíssima e complexa, Vianco também peca nos personagem, que não me pareceu terem complexidade.

      E eu sei que você não me odeia Lucas! Só temos, quase sempre opiniões diferentes! (risos)

      Bjs, Michele

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    2. Vocês discordaram tanto e tão bonitinho que a agora eu fiquei com vontade de ler o livro! E ai, como faz? Pode isso produção?

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  10. Parte 4

    Cara Pandora. Pois é, eu e a minha questão com livros clássicos. Ainda não li “O morro dos ventos uivantes”, mas está na minha lista, assim como “Orgulho e Preconceito”, “Guerra e paz” do nosso famoso russo e por aí afora.
    Ana, infelizmente também não li ainda o título apresentado por você, embora já tenha ouvido falar bastante dele. Com certeza já me interessava e assim também foi no princípio da sua fala, mas depois da sua menção à cena da masturbação foi que decididamente fiquei intrigado [risos], ri bastante aqui.
    E chegamos ao fim, portanto, meninas. Só lamento novamente não ter comentado muito acerca dos títulos debatidos, fico feliz por ter falado de pelo menos um – e propositalmente resolvi então abordar esse mais prolongadamente. Estejam certas, porém, de que buscarei dar notícias de ao menos algumas das obras citadas por vocês em breve. Mais uma vez, os meus parabéns por mais este programa e, é claro, aguardarei ansioso pelo seguinte. Até a próxima, espero!

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    1. Lucas, leia os clássicos, eles mudam nossa vida. Acredite em todos os tempos se escrevem milhares de livros, mas poucos sobrevivem as guerras, as epidemias, aos incêndios e enchentes... esses sobreviventes merecem a nossa atenção. São nossa herança!!! A Emily é uma autora psicopata mas muito querida, você acredita que ainda hoje estávamos falando dela aqui em casa?!?! Pois é! Caótico.

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  11. Por Lucas Borba

    Errata: Em dado momento me referi aos vampiros do necrotério, na verdade são zumbis, zumbis inteligentes, pode isso? [risos]

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